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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Pujança e miséria do ativo BVMF3

Na data de 13/10/2010 o ativo atingiu
um pico de fechamento em R$ 15,62.
No último dia de bolsa em 2011 fechou
 em R$ 9,80



                                                                        O fantasma da concorrência. O problema de todas as empresas é a concorrência que não dá trégua. O mundo empresarial é uma selva na qual todos são obrigados a entrar numa disputa encarniçada, mesmo que não queiram. O problema do ativo é este fantasma, em 2011 apareceram dois fantasmas para o ativo: a americana Direct Edge Holdings que pretende se estabelecer no Rio de Janeiro. A intenção desta empresa é oferecer uma plataforma que negocie ações, ETFs (fundos de ações que negociam em bolsa), e também certificados de depósitos de ações. A empresa é a quarta maior bolsa americana com uma participação de mercado de 10% e tem a intenção de iniciar as operações no último trimestre de 2012; a outra é a BATS Global Markets, terceira maior bolsa americana, que também pretende criar um ambiente alternativo de negociações no Brasil em parceria com a gestora brasileira Claritas. A empresa que será criada já chamada de  Nova Bolsa do Rio de Janeiro espera primeiro atrair investidores estrangeiros e os operadores de alta frequência, que já são clientes nos EUA. Os sistemas das empresas estão entre os mais rápidos do mercado e esta vantagem poderia ser mantida na chegada ao País, sem que as despesas com a operação fossem muito altas. A estrutura de custos, tanto de uma como de outra, é enxuta. O modelo delas permitiria teoricamente a redução das tarifas, o que potencialmente pode resultar em uma guerra de preços. Uma das justificativas para a entrada no Brasil destas empresas é justamente os custos aqui que segundo elas são altos, a BVMF nega e, está preocupada uma vez que que anunciou investimentos em 2012 de até R$ 280 milhões. Destarte, o ativo é ótimo, com lucros superiores, se comparados com empresas semelhantes nos EUA e mundo afora, agora, a concorrência pode chegar e estragar tudo, com a possível consequência de diminuição dos lucros nos próximos anos. Lucro é tudo. Este é o dilema do ativo, se não fosse isto, e o mercado parecer em tendência bearish pós crise 2008 - nunca se esqueça que a tendência é a sua amiga, não nade contra correntezas-, poderíamos mergulhar de cabeça. De qualquer maneira a concorrência é muito bem vinda, nada de monopólios.


                                                                        O primeiro trimestre de 2012. Fechou o primeiro trimestre de 2012 com um crescimento de 6,5% na receita líquida, para R$ 502,8 milhões. Um ano antes, havia atingido R$ 472,2 milhões. A notícia alvissareira é que, as despesas da Bolsa caíram 11,9% na base de comparação anual, passando de R$ 188,7 milhões para R$ 166,2 milhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização somou R$ 368,3 milhões, com alta de 19,6%. O lucro líquido teve crescimento de 3,6%, para R$ 280,4 milhões. O segmento Bovespa teve crescimento de 6,3% no volume médio diário negociado, atingindo o recorde de R$ 7,2 bilhões. No segmento BM&F, no entanto, o volume médio diário caiu 5,3%, pressionado pela queda de 18,6% nos volumes dos contratos de taxas de juros. No final do trimestre, a dívida da Bolsa somava R$ 1,1 bilhão, devido às sênior unsecured notes, emitidas em julho de 2010. É uma boa pagadora de dividendos tanto é que o diretor executivo financeiro, corporativo e de relações com investidores afirmou durante teleconferência sobre a divulgação destes resultados que foi aprovado o pagamento de R$ 224,3 milhões em dividendos, 80% do lucro societário dos três primeiros meses do ano.

                                                                          Acompanharemos o desenrolar desta novela. Será que os fantasmas da concorrência  aparecerão com força?



                                                    




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